Empresas familiares representam uma grande parcela dos negócios no Brasil. Por isso, compreender o papel do Conselho de Família na estrutura empresarial é fundamental para garantir a longevidade das empresas, assim como boas e eficazes práticas de governança corporativa.
O que é o Conselho de Família?
O Conselho de Família é um grupo formado por membros da família empresária. Sua principal função é promover a comunicação, harmonia e transparência dentro da família, contribuindo para a perpetuação do negócio. Algumas de suas principais atribuições envolvem:
1. Definição de Diretrizes e Políticas Familiares
O Conselho de Família discute e define as diretrizes, planos e políticas que regem a relação entre a família e a empresa. Essas políticas podem abordar questões como sucessão, participação dos membros da família na gestão e distribuição de dividendos.
2. Elaboração e Atualização do Protocolo Familiar
O protocolo familiar, também conhecido como “constituição da família”, é um acordo firmado por todos os membros da família empresária, que contém princípios, valores, deveres e direitos dos membros da família, regulando suas relações entre si e com a empresa.
3. Mediação de Conflitos
Para intermediação de conflitos familiares relacionados aos negócios como disputas sobre sucessão, divergências de opiniões e interesses conflitantes.
4. Planejamento da Carreira dos Membros da Família
Auxílio no planejamento de carreiras dos membros da família, tanto dentro quanto fora da empresa, envolvendo orientações sobre educação, treinamento e desenvolvimento profissional.
5. Preservação do Legado e Memória Familiar
Um Conselho organiza, preserva e divulga a memória e o legado da família conservando suas histórias, valores, tradições e conquistas que moldaram a trajetória da empresa.
Quase impossível é imaginar uma governança corporativa sólida em empresas familiares sem reconhecer o Conselho de Família como uma de suas bases. Sua atuação contribui para a harmonia familiar, a transparência nas decisões e a continuidade dos negócios. Investir na criação e fortalecimento desse órgão contribui para o sucesso a longo prazo de empresas que têm a família como base.
Sua atuação assegura o legado da família, promove a união em torno de objetivos comuns, cria mecanismos para a resolução de conflitos e interesses, define critérios para a entrada e saída de acionistas, representa a famílias na relação com demais conselhos da empresa e, acima de tudo, define um código de condutas e ética que regule o relacionamento entre empresa, sócios, herdeiros, sucessores e administradores.