Em tempos de turbulências políticas com importantes reflexos macroeconômicos, é preciso estar preparado, com estratégia definida para enfrentar e sair das crises com a confiança do mercado.
Na avaliação de Rui Rocha, diretor-executivo da Partner Consulting do Brasil, a necessidade de gerenciar e mitigar riscos – estratégicos, operacionais ou financeiros – exige, cada vez mais, que as empresas tenham um processo estruturado de análise e gestão de riscos.
“O desafio está em gerenciar ativamente as incertezas que afetam os resultados do negócio, fazendo uma leitura direcionada do ambiente interno e externo, avaliando as informações disponíveis e subsidiando o processo de tomada de decisão”, explica Rocha.
Alguns dos elementos-chave dessa operação, chamada Gestão de Riscos, são:
A consciência do risco
Você precisa reconhecer a origem dos riscos. Eles são externos (macroeconômico, político, natural ou setorial) ou internos (estratégia, quadro de pessoal ou recursos disponíveis)? Que tipos de desdobramentos eles podem ter para a organização?
A capacidade de administrá-lo
Quando se detalha o planejamento da organização, você deve quantificar as incertezas envolvidas e projetar resultados em cenários alternativos de impactos, preços, condições macroeconômicas e operacionais. É o chamado “planejamento sob incerteza”.
A disposição de correr riscos
É preciso reconhecer, em primeiro lugar, que a eliminação total dos riscos é impossível. Assim, qual tratamento você vai dar aos riscos? Você pode evitá-lo totalmente ou aceitar. Se o caso é aceitar o risco, as opções se abrem. Pode-se considerar reduzi-lo, transferi-lo, compartilhá-lo ou explorá-lo de acordo com as avaliações internas.
A disposição para tomadas de decisões
Aqui a palavra-chave é capacitação. A organização precisa ser capaz de identificar, antecipar, mensurar, monitorar e, se for o caso, mitigar o risco. A avaliação da capacitação é feita a partir das pessoas e dos processos da organização. Se houver lacunas de capacitação, é preciso saná-las quanto antes para gerenciar os riscos de forma eficaz.
Os benefícios da Gestão de Riscos são notáveis. Os principais deles envolvem o valor da organização, que se beneficia da transparência em suas ações e da consequente redução da probabilidade de perdas. Assim, há uma menor percepção de risco por parte dos financiadores, seguradoras e do mercado – o que reduz custos e gera mais investimento.
É preciso considerar que a Gestão de Riscos é mais que a implantação de um conjunto de regras e de controles. Ela é a abertura de um novo caminho para a organização e a alavanca que ela precisa para se tornar referência no mercado.
Saiba como podemos orientar a sua empresa para a prevenção e minimização das ameaças, contribuindo significativamente para a gestão estratégica do seu negócio.
Fonte: IBGC