O Brasil vive hoje em crise econômica e o governo ainda não conseguiu estimular os investimentos e a retomada do crescimento que todos esperam. Portanto, a demanda ainda está – em muitos setores – bem reprimida, e quando isto ocorre por alguns semestres seguidos, a liquidez das empresas fica comprometida, deixando-as em situações bem complicadas.
Quando chega a crise, a primeira coisa que vários empresários fazem é cortar as despesas e os custos fixos, tentando ajustar o ponto de equilíbrio. “Não significa que a administração de custos fixos não seja importante, ela é sim. Porém, normalmente os custos fixos representam de 10 a 20% das vendas. Então, por exemplo, cortar 30% desses custos e despesas (o que já é uma tarefa quase impossível) traz apenas 3% em valor absoluto para o resultado” comenta Pierre Roulet, Diretor de Negócios da consultoria e Especialista em Gestão e Finanças.
Então, será que essa é a melhor alternativa?
Muitas são as práticas que propõe melhorar o desempenho de uma empresa. Algumas atingem esse objetivo, mas outras falham, e o principal motivo é a falta de orientação para resultado, ou seja, a empresa não estar focada no que realmente cria valor para o negócio.
Sendo assim, quem pode ajudar é o VBM, ou seja, o Value Based Management (Gestão Baseada em Valor). A proposta desse modelo de gestão é mudar a cultura da empresa e alinhar estratégias, processos e pessoas para tomarem decisões com base em variáveis que realmente impulsionam o valor da empresa - os vetores de criação valor.
Indicadores tradicionais de desempenho, como crescimento de lucros, aumento das vendas ou redução das despesas nem sempre são suficientes ou referências para criação de valor. Empresas que se concentram apenas nesses indicadores são míopes e certamente correm o risco de direcionar esforços para estratégias e ações que não maximizam valor. “Há outras alavancas que trazem muito mais impacto para o resultado do que simplesmente aumentar vendas ou reduzir custos. Uma gestão combinada dos vetores é sempre a melhor saída, e somente o VBM traz isto”, comenta o consultor.
O VBM analisa cada vetor ou cada “alavanca” de criação de valor da empresa. É um modelo de gestão eficaz, pois prioriza o que mais maximiza riqueza e, portanto, até nas crises, mais ajuda na geração de liquidez.
Mas de que forma?
1º – Identificação e mensuração dos vetores de criação de valor.
2º – Estruturação de processos para gerenciar cada vetor.
3º – Implantação de um modelo de remuneração para os executivos de acordo com a métrica de criação de valor, de tal forma que a remuneração esteja alinhada às expectativas dos acionistas.
“Mesmo na crise, é muito comum ver executivos recebendo remuneração variável com base em EBITDA, enquanto a empresa está perdendo valor e a liquidez está no pior momento”, ressalta o consultor. O VBM é o único modelo de gestão que alinha os interesses dos acionistas aos executivos e vice-versa.
O que achou do artigo de hoje? Sua empresa já possui um modelo de Gestão Baseada em Valor? Se tiver dúvidas e/ou sugestões, deixe nos comentários!
Confira o vídeo abaixo em que Pierre Roulet conta sobre as vantagens de implantar esse modelo de gestão: